terça-feira, 3 de julho de 2007

Interrail (the end)

Pronto, o fim está próximo, mas podia não estar se nós não fossemos duas bestas. E porquê perguntam vocês? Porque fomos para Amesterdão e não escrevemos mais no diário!

Como devem imaginar, os 5 dias passados em Amesterdão foram uma loucura, partilhámos um quarto com um americano do Texas que pensava que Portugal era nas Caraíbas, uma sueca cheia de rastas com ar de bloco de esquerda, uma australiana maluca com um sotaque e pêras, uma americana com ar de paris hilton wannabe e uma estudante de arquitectura sul-coreana.

Logo no primeiro dia descobrimos que Amesterdão é outro mundo, fomos perseguidos por um gajo a querer-nos vender cocaína e escstasy, mas umas horas depois descobrimos que qualquer gajo parado na rua é sinónimo de dealer. Consegui armar barraca num restaurante português, ao ver os preços médios de 15€ por refeição disse que era uma xulisse e sorte a minha o empregado era um tipo todo pintas com penteado cheio de gel puxadinho atrás a dizer que isto não era Portugal, mas sim a Holanda.

Uma coisa é certa, o destino nocturno era sempre o mesmo, Red Light District. Uma voltinha às casas de luz vermelha para ver algumas beldades, como a colegial, a gaja do FBI ou a nurse, e depois iamos para o bar Excalibur, um bar de metal à antiga, Metallica, Judas Priest, etc...cujos donos são os Hell's Angels - para quem não conhece um famoso (nem sempre pelas melhores razões) grupo motard.

Coisa que não falta em Amesterdão é gayzadas, não há rua sem hotel/bar/restaurante/loja ou o que for gay. Um dos dias ouvimos uns sons vindos duma rua, fomos investigar e quando demos por nós estavamos numa parada gay, que sorte hein!! Apelidámos essa rua de "street with no name". No dia em que saímos, eram umas 5 ou 6 da manhã e era vê-los ainda aos molhos todos bêbados, abraçados e sabe-se lá mais o quê pelas ruas fora.

No caminho de volta, de referir que a estação de comboios em Paris era só monhés e militares de metralhadora em punho. O comboio até Espanha avariou 4 vezes, mas conseguimos apanhar de Espanha a Portugal, durante umas 10-12h o 2º pior comboio à face do planeta (os da India têm um aspecto pior). Imaginem um bando de imigrantes tugas, que conseguem acabar com a cerveja toda antes do comboio arrancar, todos bêbados, com o belo do sotaque e do bigode a tentar apalpar gajas e a meterm-se com toda a gente. A temperatura média do comboio deveria rondar os 40 ºC nas cabines e os 30 ºC nos corredores. Era tão mau que chegámos adormecer no chão dum corredor encostados a porta da casa de banho. Lá dormimos umas 3 ou 4h na cabine quando ficou mais fresco e de manhã tive a honra de recomendar umas pataniscas de bacalhau a um grupo de italianos que vinham no interrail para Lisboa e queriam saber pratos típicos portugueses.

Esta viagem parodiante chegou ao fim, e diga-se que já conseguiamos correr e saltar com as mochilas às costas depois de tantas horas de treino. É uma experiência inesquecível que recomendamos a qualquer pessoa que não esteja boa da cabeça.

Para mais informações e tal: www.cp.pt



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